O MITO DE YAHUCHANAM (JOÃO) 5: 7, 8
- Cap1...filho do homem
- 2 de mar. de 2016
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Não poderíamos continuar nosso estudo sem comentar a respeito de certas adulterações, confirmadas, que foram feitas para darem credibilidade a espúria doutrina da TRINDADE, inventada pela igreja católica apostólica romana. Que na verdade não tinha como alvo central, propriamente a transfiguração de UL, ou do Mashiach ou do espírito que é o próprio UL, mas sim elevar a adoração à Rainha dos Céus, transformando a Miriam na mãe de deus. Mas como vimos no último estudo acabou virando moda, a partir do terceiro e início do quarto séculos, o acréscimo de palavras, versículos e até capítulos inteiros, nas Sagradas Escrituras, com a finalidade de comprovar as doutrinas criadas pelos pais da “igreja”. Isso inicialmente era cobrado, mas com o passar dos séculos e da ignorância escritural, de quase a totalidade dos crentes acabou-se aceitando essas adulterações como inspiradas, e as modificações aceitas em todo meio religioso cristão. Para que Miriam fosse aos poucos sendo promovida até chegar a mãe de deus, precisavam deixar bem clara a divindade de seu filho Yahushua, agora conhecido como Iesu (Grego) Iesus (Latim) até o século 7, quando da invenção da letra J, quando esse nome foi modificado assumindo então sua pronuncia usual até os nossos dias Jesus. Hoje iremos falar a respeito de uma dessas modificações, que ao serem descobertas foram levadas a conhecimento público, mas até os dias de hoje consta quase na totalidade das versões até hoje produzidas, são acréscimos a versículos contidos na primeira carta de Yahuchanam (João) no capítulo 5 versos 7 e 8. A interpretação que fizeram do original de Yahuchanan Alef (1 João) 5: 7, 8 o qual no texto Recebido (Textus Receptus) é vertido como: “Três são os que dão testemunho no céu: <<O Pai, o Verbo e o Espírito Santo; e estes 24 O FILHO DO HOMEM YAHUSHUA HÁ MASHIACH WWW.BENEFRAYIM.ORG.BR três são um>> <<E três são os que dão testemunho na terra: o espírito, a água e o sangue; e estes três concordam>>. Enorme alteração por certo, e quem a fez sem dúvida recorreu ao engano para fazer crer que a Sagrada Escritura apoia a doutrina pagã da trindade ou a da unicidade. Pois o próprio Yahushua afirma: "UL é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." [Yahuchanam (João) 4: 24], comprovando assim mais um ponto do porquê da impossibilidade da trindade e do verso como escrito acima. Vários editores continuam publicando suas Bíblias com esse enorme erro, dando como genuíno o que é falso. Outras versões que utilizam versões mais antigas do que as que se tomaram para fazer o texto recebido, transcrevem de forma correta o texto grego da seguinte maneira: 7 “Pois três são os que dão testemunho 8 o espírito, a água e o sangue e os três concordam”. Como se pode ver o versículo 7 é curto e ligado ao 8 formando uma só ideia. Claramente se pode ver, que através dos séculos, existiram mãos que tomaram a liberdade de alterar as cópias que fizeram, ocasionando com o seu mal proceder um dano bastante grave àqueles que leem a Palavra de Yahuh, pois ao ler essas alterações creem que são de origem divina e acabam sendo instruídos de forma errada, crendo na mentira E O PIOR, ENSINANDO A MENTIRA. Porque não importa se a tradição aceita mudanças e as toma como boas, o que importa é ver como semelhantes mudanças comprovam a pouca delicadeza dos copistas que para favorecer crenças estranhas, que nada tem a ver com a verdade, não vacilaram em alterar em alterar o trabalho que fizeram para dar credibilidade que tudo quanto escreveram era fidedigno aos manuscritos apostólicos. 25 O FILHO DO HOMEM YAHUSHUA HÁ MASHIACH WWW.BENEFRAYIM.ORG.BR O que se pode concluir é que a enorme diversidade de fragmentos, com suas variantes, seja menor ou maiores, mostram através da história que sim, as palavras originais dos emissários foram alteradas, isso deve ter começado a acontecer a partir dos finais do 1º século e início do 2º século de nossa era, nas congregações locais onde a nomenclatura episcopal estava projetando o caminho por onde eventualmente os crentes gentios iam caminhar, ou seja, para o nascimento do romanismo. O dano feito à verdade da mensagem das boas novas é irreparável, e o é porque nem todas as pessoas têm a seu alcance documentos históricos de consulta sobre os quais basearem a fé, pelo contrário, dispõem apenas de literatura popular desenvolvida de acordo à perspectiva histórica da “igreja de Roma”. A verdade acerca de Yahuchanan Alef (1 João) 5: 7, 8 Existe uma verdade a respeito desse texto a qual começa com a pressão que se diz que a “igreja romana” fez sobre Desiderio Erasmo para que incluísse na terceira edição de seu texto grego, de 1522, o chamado <<comma joanino>> (comma johanneum). Diante dessa pressão, Erasmo teve que defender a razão pela qual ele havia omitido dizendo que os manuscritos que havia consultado não continham esses versículos dessa forma, contudo a pressão foi muita e cedeu incluindo-o. Por ser interessante este assunto passo a transcrever o comentário do notável (já falecido) erudito mexicano Doutor Gonzalo Baez Camargo (https://es.wikipedia.org/wiki/Gonzalo_B%C3%A1ez-Camargo) , cujo comentário em seu livro: Breve História do Texto Bíblico diz: A contribuição de Erasmo “É claro, para o hebreu havia a vantagem de ter a mão o texto massorético, zelosamente preservado. Mas não acontecia o mesmo com o grego. Se fariam mais à frente versões da aliança renovada diretamente do grego era imprescindível que das inúmeras cópias então disponíveis surgisse um texto que servisse de base. Foi Erasmo quem empreendeu com muita coragem assim como com competência essa hercúlea tarefa”. 26 O FILHO DO HOMEM YAHUSHUA HÁ MASHIACH WWW.BENEFRAYIM.ORG.BR “Porém tropeçou numa grande limitação. Não pode dispor de mais de meia dúzia de manuscritos, sendo que a maioria não era anterior ao século XII, e com menos sorte ainda, nenhum completo, ao ponto de ele ter que retraduzir do latim os últimos seis versículos do Apocalipse”. “Seu texto foi editado em 1516 e segue a tradução textual bizantina. Como em certas partes distanciou-se da sacro santa Vulgata, o texto de Erasmo sofreu duros ataques. Certamente pela pressa em publica-la o texto estava crivado de erros de digitação. A segunda edição, 1519, corrigiu muitas dessas falhas acidentais. Mas a acusação mais forte era a de que ele havia se atrevido a mutilar a Sagrada Escritura, omitindo em 1João 5: 7, 8 o que se tem chamado de <<comma johanneum>>, a frase: “no céu: o Pai, o Verbo e o espírito santo; e estes três são um. E três são os que dão testemunho na terra”. Que apareceria depois na edição Clementina (1592) da Vulgata”. “Erasmo se defendeu dizendo que não existia essa parte em nenhum manuscrito grego. Exasperado porque este argumento não parecia convencer a ninguém, e continuaram a anatematiza-lo. Em um surto de desgosto prometeu que se lhe mostrassem um só manuscrito que contivesse essa frase a colocaria na próxima edição. Aconteceu que em 1520 apareceu um manuscrito em Dublin que a continha. (Isto ainda se ensina assim no Trinity College). Fiel à sua precipitada promessa, Erasmo inseriu a frase na terceira edição, 1522. “Porém em uma apostila, expressa suas suspeitas de que esse manuscrito fora uma falsificação feita com esse propósito. Na realidade, quando foram descobertos, depois de Erasmo, os grandes códices Sinaitico, Alexandrino e Vaticano, muito mais antigos e autorizados, e foram examinados outros códices mais, tanto uniciais como de minúsculas, versões antigas, incluindo edições da Vulgata anteriores a Clementina, citações de padres notáveis, entre eles o próprio São Jerônimo e lecionários, fica plenamente provado que o sábio e humanista holandês não estava fazendo outra coisa a não ser suprimir uma interpolação tardiamente introduzida no texto latino”. “E quanto ao famoso códice de Dublin, autoridades modernas como Rendell Harris e C. H. Tumer sustentam a probabilidade que tenha sido forjado em Oxford por um franciscano de nome Froy ou Roy, que traduziu do grego a 27 O FILHO DO HOMEM YAHUSHUA HÁ MASHIACH WWW.BENEFRAYIM.ORG.BR debatida frase que se havia introduzido na versão latina. O Novo Testamento grego de Erasmo teve uma quarta edição (1527) e foi à base das três edições do famoso editor hugonote Robert Estienne (Stephanus), das que a terceira (1550), revisada e agrupada de 15 manuscritos tardios, veio a ser a base de um texto grego, que sem declaração formal ou oficial de igreja alguma, chegou a ser considerado comumente como textus receptus, mas sem que persistisse nessas versões a influência dominante da Vulgata”. “Com tudo em 1897, por exemplo, a Sagrada Congregação do Santo Ofício ditou que o “comma johanneum” era autentico, e depois em 1937 essa decisão foi revogada”. Este prestigiado erudito expõe para os leitores de língua espanhola uma valiosa informação a respeito da grave interpolação de que foi objeto o texto de Yahuchanan Alef (1 João) 5: 7, 8, a qual se suspeita originou-se a uns quinhentos anos na Irlanda, possivelmente pelas mãos de um monge. Isto também mostra como através dos séculos se tem mantido firme o desejo de validar o dogma trinitariano ou o unicista que foi originado entre os séculos 3º e 5º EC, ao grau de fazê-lo aparecer em manuscritos falsos que foram elaborados sem nenhuma ética. Concluindo a esta parte pode-se dizer que a intenção de alterar (partes chave) as cópias era um costume bastante frequente entre as pessoas que mais se interessavam em exaltar suas crenças que por fazer transcrições fidedignas. Assim alguém poderia perguntar-se. Que outras alterações têm sido feitas à medida que o tempo tem passado, das quais pouco se fala?

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